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Guia de carreiras: engenharia ambiental
Mercado dos engenheiros ambientais está entre os mais
promissores. Carreira exige paixão pelas causas ecológicas e habilidades com exatas.
Até a mais humanizada das engenharias, a ambiental, que
muitas vezes inclui sanitária na denominação, exige um candidato bom de
cálculos. Apesar da carreira estar focada nos problemas e soluções ambientais,
para se dar bem no curso de graduação é necessário encarar uma carga pesada de
ciências exatas.
Quem se forma, tem a contrapartida. Pesquisas
apontam que a profissão é uma das mais promissoras do futuro e
a crescente onda da preocupação ecológica cria novos nichos de mercado e oferta
de vagas. "A divulgação dos problemas ambientais tem contribuído
muito para que haja maior procura pelo profissional", diz o professor do
Centro Universitário Senac, Rubens Koloski Chagas.
O engenheiro ambiental é habilitado a propor soluções
socialmente justas e ecologicamente corretas para os problemas ambientais como
poluição dos rios, do ar, descarte do lixo, aquecimento global, entre outros.
Pode ser contratado pela iniciativa privada, órgãos públicos e terceiro setor.
Para isso, a questão ecológica tem de estar no sangue, segundo o professor
Chagas. "Tem de se preocupar com a causa, mas de uma forma bem prática e
aplicada. Tem de ter facilidade para comunicação e também para desenvolvimento
de projetos."
De acordo com o professor, hoje a maior demanda do mercado é
no setor industrial, seguido por serviços. O mercado para consultoria também
está aquecido, segundo ele, que garante que nem mesmo os profissionais
recém-formados têm dificuldade de conseguir emprego. "Os órgãos têm se
preocupado com a sustentabilidade de seus processos e o profissional indicado
para atuar nessas situações é o engenheiro ambiental", afirma Chagas.
Outra característica bem-vinda é ter espírito aventureiro.
Para desenvolver os projetos de soluções é fundamental que o profissional
conheça os problemas na prática. "Uma pitada de aventura é necessária para
ir a campo, sair e desbravar os problemas. Mas grande parte do trabalho é
elaborado no escritório. Também é necessário ficar horas em frente ao
computador para desenvolver projetos e aplicar o conhecimento técnico e
conceitual adquirido ao longo do curso."
Apesar de algumas vezes ter a atuação confundida com a do engenheiro
florestal, o professor explica que as propostas são diferentes já
que este atua com técnicas de manejo florestal, enquanto o engenheiro ambiental
trabalha com sistemas urbanos e manejo da poluição hídrica, resíduos sólidos,
entre outros.
Marcella Moretti Ferreira, de 22 anos, está no 4º ano de
engenharia ambiental, e trabalha com pesquisa científica sobre tratamento
biológico de esgoto. A jovem conta que há muito espaço no ramo da pesquisa,
porém também não difícil encontrar vagas em outros ramos. Para quem pretende
ingressar na área, a dica é se dedicar à graduação. "Não existe um curso
de engenharia que seja fácil. As pessoas costumam achar que ambiental é mais
tranquilo, mas não. Tem a base de cálculo, química, física, estatística, mas
envolve também biologia, ecologia, estudo de solo, entre outros. Trabalha o
aspecto social dentro da engenharia."
Segundo Marcela, o preconceito contra as mulheres dentro da
engenharia ficou no passado. "A mulher está totalmente dentro do mercado,
na minha sala só tem mulheres e acho que não existe mais preconceito."
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